terça-feira, 5 de março de 2013

E isso não é falado / And this is not spoken

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"A gente vem pra cidade pra estudar - e também mostrar a nossa cultura, como é que a gente vai mostrar se só ficar na nossa aldeia, vai ensinar pra quem? Pra quem já sabe como é? A gente tem que ensinar e mostrar a cultura, a verdade, o que que é cada cultura de cada povo, que não é igual. Falam o "índio", mas não é o índio, são os povos indígenas, são 300 e poucos povos diferentes, línguas diferentes, culturas diferentes. E isso não é falado, não é discutido e isso aqui, esse espaço é pra isso, pra você mostrar sua cultura. Não tem um lugar que o povo indígena chegue e possa mostrar sua cultura. Esse lugar já era indígena, a gente tem que defender."

Um dos depoimentos gravados em 12-01-2013, quando o batalhão de choque cercava a aldeia. A situação pode se repetir a qualquer momento.

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"We came to the city to study - and also to show our culture; how will we show it if we just stay in our village, will teach to whom? To those who already know it? We have to teach and show the culture, the truth, how is every culture of every nation, they are not equal. They speak of “the Indian", but it is not “the” Indian, there are many indigenous folks, they are more than 300 different nations, different languages​​, different cultures. And this is not spoken, it’s not discussed, and here, this space, is for it. To show our culture. There is not one single place where indigenous people can come and show their culture. This place was already indigenous, we have to defend it."

One of the speeches of a resident in Aldeia Maracanã  in January, 12, 2013, when an armed Shock Battalion from Military Police was surrounding the building.

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